terça-feira, 24 de julho de 2007

Relato 24 a 27/06/07

Dia 24/06/2007 – domingo – saímos cedo, chegamos quase meio dia na divisa do Piauí com o Ceará. Ali comemos umas furtas e logo mais fomos comer o almoço feito do dia anterior. Ao fim da tarde chegamos num pequeno agrupamento de casas, e como já estava quase de noite resolvemos pedir para armar as barracas nas proximidades da casa. Ficamos esperando a resposta do dono da casa que autorizou. Logo vieram muitas pessoas da família e ascenderam fogueira... Percebemos que no início as pessoas estavam com um pouco de medo de nós, mas aos poucos foram se chegando e mais tarde ganhamos a amizade dos adultos, das crianças e até janta! Fomos dormir.

Dia 25/06/2007 – segunda-feira – prosseguimos de bicicleta, chegamos meio dia em Tauá. Procuramos agora a rodoviária para saber de algum transporte no rumo de Quixadá. Encontramos um ônibus que estava saindo para Mombaça, chegando em Mombaça, pegamos outro que passava em Quixadá. Chegamos às 20 horas (8 da noite) na casa da Joana, ela não estava em casa, havia saído com André seu namorado, curtir o dia de seu aniversário. André e Joana são grandes companheir@s amig@s que temos no Ceará, ambos estão discutindo o encaminhamento do pós chegada do Ciclovida. Antes chegaram seu filho o Felipe e logo mais a Daiana. Só lá para as 10 da noite é que o casal chegou, foi um encontro indescritível! Imagine! Só tudo de bom. Passamos quase a noite comemorando o reencontro. Chegaram a Nívia (filha da Rita, uma das irmãs da Joana que iria morar no campo conosco, mas faleceu dias antes de ir) com o filho; depois vieram a Quílvia e o companheiro.

Dia 26/06/2007 - terça-feira – Saímos pela manhã, nós e o André. André está voltando para Fortaleza, e nós vamos pegar um carro até Aracoiaba, de lá pretendemos fazer o resto de bicicleta. Descendo em Aracoiaba, fizemos até o Acarape, onde passamos na casa de Alcir e família, mãe de João Paulo, namorado da Margarida (filha do Inácio). Foi surpresa para o pessoal, ficamos um pouco ali com eles e prosseguimos para a casa do Bosco (irmão do Inácio), companheiro que mora num assentamento ali no Acarape. Margarida e João Paulo não se encontravam ali na Alcir, estavam no assentamento da Barra do Leme – Pentecoste. Porque pensavam que iríamos chegar direto por lá, e terminamos vindo por aqui. Chegamos no Bosco também de surpresa, foi aquela alegria. Passamos ali a noite, conversamos bastante sobre a viagem e a realidade local, etc. Fomos dormir preparados para sair de manhã para Fortaleza (Conjunto Jereissate, Maracanaú).

Dia 27/06/2007 – quarta - acordamos todos, encontramos as crianças: João Carlos e Benário, mas a Zélia (companheira do Bosco) estava na casa de sua mãe. Tivemos a visita da Cássia antes de sairmos. Tomamos café juntos, nos despedimos e saímos rumo ao Jereissate. Chegando na comunidade de Riachão do Norte, passamos na casa de Tânia e Zé Chagas. Com quem deixamos as primeiras sementes, que eram de laranja. Isto quando estávamos passando aqui iniciando a viagem: Bartira Bruno, João Paulo, Margarida e Inácio. Segundo eles as sementes não nasceram. Conversamos um pouco e prosseguimos com nossas bicicletas, rumo ao encontro com o aniversariante, Sandino. Passamos em Água Verde e Inácio fez uma ligação telefônica para as filhas dizendo que ainda estava na Bahia, e não dava para chegar este mês, mas ouviu sua filha Maira lhe desmentir, “venha simbora home, que já telefonaram para cá, avisando que vocês já passaram no Acarape”. Paramos na casa do Raimundo da Viola e Zenilda, onde almoçamos dia 24 de maio de 2006, quando estávamos iniciando a viagem. Agora o pessoal parecia muito ocupado e nós muito vexados, o Raimundo ainda disse: “espere um pouco, que eu vou já!” A Zenilda falou: “esperem que vou chamar as meninas!” Tomamos apenas um pouco de água e já estamos há 8 km para Ivânia encontrar os filhos: Camilo (16 anos) e Sandino (completando hoje 15 anos de idade), que estão na casa de Dona Beatriz (sua mãe) e de Socorro (sua irmã); para Inácio ainda falta uns 78 km (para chegar no assentamento da Barra do Leme, onde estão suas três filhas: Irene Maira (17 anos), Magarida (20 anos) e Marta Maria (10 anos); Jorge é que está ficando cada vez mais distante da sua família biológica, em torno de 4.000 km em Curitiba. Umas 13 horas, estamos chegando no Conjunto Jereissate, aproximamo-nos da casa de Dona Beatriz... A surpresa não foi maior porque já estavam nos esperando nesta data, mas foi um momento de muita alegria por parte de sua mãe e de nós também, e como de praxes: abraços e beijos etc. Os meninos não estavam em casa. A Socorro estava andando com eles para fazer uma surpresa, quer dizer, inventaria uma estória: de que Ivânia teria telefonado dizendo que não dava para chegar agora, porque estaria viajando para os Estados Unidos. Enquanto isto estava vindo com eles para a casa de dona Beatriz, e estava feita a surpresa. Se não fosse o quase, teria dado certo. É que Inácio não sabia do combinado, e foi saindo fora do portão na hora que eles iam chegando, coincidindo ser o momento em que terminaram de escutar a estória da tia, iniciando a decepção da inútil espera. Levantado a vista, ficaram atônitos, mas perceberam logo as tentativas frustradas dos pobres adultos de incrementar ainda mais o momento da emoção. Realmente ficou incrementado! Encontramo-nos todos aqui: chegaram o Sandino, o Camilo e a tia Socorro (irmã da Ivânia) Houve choro de emoção por parte do Sandino, mas agora só de alegria. Logo mais chegaram a Dadá, depois Tibério e Tiago (filhos de Socorro), Valmira, chegou o Egberto e aí comemoramos o reencontro, que aqui deu-se com a família. Ficamos até sexta, 29/06/2007.

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