domingo, 6 de maio de 2007

Dia 20/04/07

CRIANÇAS DO ACAMPAMENTO BRINCANDO


SEPARANDO E EMBALANDO SEMENTES


DONA FRANCISCA










Ribeirão Preto - Ribeirão Verde - texto sobre a o agronegocio na regiao.

Região considerada a capital do agronegócio do Brasil. O maior negócio do momento a cana-de-açúcar. É também uma região de conflitos sociais, e as riquezas que se despontam não consegue encobrir seus bolsões de miséria. Esta região ampara inseguramente uma fração do maior lençol freático de água mineral do mundo. Suspeitam alguns ambietalistas que este lençol pode ( se não já estiver) contaminar-se de vários tipos de dejetos poluentes das indústrias locais, já que esta região é um ponto de recarga deste maior aqüífero do mundo que é o chamado Aqüífero Guarani. Ribeirão é uma cidade mediana de aproximadamente 500 mil habitantes, considerada a capital brasileira do agronegócio, que está situada sobre este reservatório subterrâneo, que estende-se por vários países da América como Brasil, Argentina, Uruguai, entre outros. Todas as terras desta região estão sob a mira do agronegócio, setor imobiliário, entre outras corporações que negociam com água. Em meio a toda essa realidade conflitante e de jogos de interesses, nestas áreas também estão acampamentos de sem terra de vários movimentos sociais do campo, MST, MLST, e outros que se dizem independentes, formando ao todo um número de mais de 400 famílias, estão exatamente no ponto de recarga do lençol. As possibilidade de ganho desta terra dar-se pelo fato de serem pesados os prós e os contras, conclui-se que, ficando a agricultura família nesta terra é menos danosa que deixar o latifúndio e o setor imobiliário por conta como estão interessado. Conta favoravelmente também o fato de os dono desta terra está com uma dívida impagável com o governo federal. Assim enquanto não encontrar uma solução plausível de interesse do capital, , a situação encontra-se favorável a nossa luta. Temos que nos solidarizar com esta companheirada que está com uma grande responsabilidade política, onde deve estar uma coesão de forcas. Parabéns para estes forte lutadores, onde passamos uns quatro dias de partilha desta convencia. A todos agradecemos por partilharem um pouco desta vivência conosco, com tanto aprendemos.



retomada dos relatos do dia 20/04/2007

Saímos cedo rumo ao assentamento em Ribeirão Verde. Chegamos no acampamento Ìndio Galdino. Depois de conheçer algumas famílias como a do Divino e a de seu José, nos indicaram o coordenador Zezé. Lá fomos bem acolhidos por Adriana, as crainças e Dona Francisca, uma vizinha de seu Zezé. Dona Francisca é uma agricultura de 70 anos que toca seu roçado sozinha. Lia começou a conversar com ela e tirar umas fotos e logo descobriram algumas coincidências. Dona Francisca achou Lia pareçida com a sua neta e Lia também ao vê-la lembrou -se de sua avó, logo descobriu que o nome da neta de Dona Francisca era também Lia e ainda mais, Arruda... Ficaram as duas espantadas com tamanha coicidência. Entre outras partilhas a família de seu Zezé deu-nos algumas sementes crioulas que ainda possuem. Fomos convidados a conheçer suas plantações e criações e depois almoçamos. à tardinha quando nos preparavamos para sair, Lia resolve fazer um xarope para a tosse contínua de seu Zezé. Nisso Adriana convida-nos a dormir por lá essa noite e aceitamos de bom gosto. Eles cedem as camas dos filhos. Conversamos até tarde da noite e dormimos quando Zezé grita: "Desliga o rádio, Adriana!!!".