01/11/2006 quarta feira – despedimos da comunidade e partimos chegando em Centralina - MG, a 25 quilômetro pegamos uma carona de caminhão que nos deixou na cidade de Prata-MG, dirigimos para o STR que nos foi permitido pelo presidente daquele sindicato,Jose Heleno fazer o almoço onde nos informamos da existência de um assentamento rural em Nova Cachoeirinha no rumo de Uberlândia não dando para ir no mesmo dia por conta da chuva e já estava anoitecendo fomos checar e-mail e tivemos a triste noticia da morte do bebê de Margarida antes de nascer por negligência medica. Telefonamos para o Diassis avisando que estávamos enviando as sementes pelo pai do Sergio (de Brasília). Colocamos na internet uma carta de solidariedade de Oaxaca e apos isso procuramos a rodoviária onde armamos a barraca onde fomos dormir com a permissão do vigia que e pai do presidente do sindicato. Cenas intrigantes, nós presenciamos durante a noite na rodoviária: os chamados trecheiros que também partilhavam aquele espaço conosco, amargavam suas realidades de verdadeiros cães, quase que literalmente falando, ora eram espancados pelo vigia e até pelos bebuns que tinham uma situação mais privilegiada perante esse (vigia); ora comiam carnes cruas que conseguiam nos açougues, jogadas ao chão, que disputavam entre si enquanto os “normais” assistiam estarrecidas, as degradantes cenas.
02/11/2006 quinta feira – saímos para o assentamento Nova Cachoeirinha as 14 horas e de ônibus por que continuava chovendo.Chegamos no assentamento e localizamos Wilson um dos coordenadores que nos recebeu muito bem, nos apresentando a outras famílias como João e a Branca entre outras. Trocamos muitas com Wilson que nos falou de seus projetos a serem implantados após o loteamento da terra que já esperam a 2 anos apesar dê serem imitidos na posse.Aquelas famílias vivem ainda sob a lona a espera da liberação de recursos e o loteamento.Um dos projetos do Wilson é uma comunidade alternativa fundamentada em três princípios filosóficos: vegetarianismo, espiritualismo e anarquismo, onde se faria também recuperação de menores.Wilson espera que pessoas interessem-se por essa causa e forme parceria com ele. E após cantarmos algumas canções de movimentos fomos dormir em seu pequeno barraco.
03/11/2006 sexta feira – passamos o dia em bate-papo sobre aquela realidade.
04/11/2006 sábado – passamos o dia na casa de Branca e João Batista e conhecemos familiares seus que vieram de Uberlândia para passar o fim de semana ali.
05/11/2006 domingo – Participamos de uma assembléia ordinária onde falaram de novas promessas para o assentamento, mas sem merecer muitos créditos da parte daquela comunidade. E nos foi permitido expor os objetivos de nossa caminhada. A tarde encontramos dona Maria (uma cigana assentada) que nos deu informações interessantes como mortes que aconteceram no assentamento que daria para responsabilizar o governo desde de pessoas que morreram com problemas estomacais que podem serem decorrência de anos sobre a lona quente e ate acidentadas por estar na beira do asfalto morando nos barracos.A dona Maria também falou de produção agrícola que antes existia mais fartura, mas que acabou a partir da invenção das maquinas quando a terra deixou de fornecer os alimentos.Ela falou que o beneficiamento dos grãos era artesanal o arroz, por exemplo, era polido com monjolo aproveitando correnteza de água (ela nos foi mostrar um desativado).Fomos visitar os barracos dos ciganos assentados e conhecemos: Armando, Vanderlei ,Dolores , Maria Alice,Irene,Nilza , Dienes (14 anos) Jane (14 anos) foi lá que fizeram a denuncia dos três ciganos que morreram: Adimuro com diarréia e vomito em 17/04/2005 Eurípides Machado em 24/09/2004 e Valdenir Dias da Silva em 18/05/2005 com pneumonia filho de dona Derversina Dias da Silva. Nesse assentamento existem 11 famílias ciganas e apenas 9 assentadas. Nesse dia almoçamos com os ciganos, findamos a tarde brincando ciranda com as crianças ciganas.
06/11/2006 segunda feira –levantamos cedo e fomos para a Prata onde encontramos Wilson na Lan House, que nos ajudaria a por em dias o relatório do Ciclovida, que depois de 4 horas de digitação perdemos com uma pane no computador.
Dia 07/11/2006 – terça-feira – Fomos esperar Wilson retirar um dinheiro que a Bartira havia enviado pela sua conta corrente das contribuições resultadas da campanha do CMI. Feito isso, almoçamos na rodoviária (comida que fizemos no STR) conversamos mais com Wilson e partimos as 16 horas de bicicletas rumo a Campina Verde. No primeiro posto de gasolina que encontramos na estrada pedimos espaço para armar a barraca, como não permitiram, armamos numa parada de ônibus à 500 metros.
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