Levantamos cedo e um caminhoneiro nos ofereceu um chá, muito doce por sinal, passamos numa cidadezinha para comprar algumas frutas e mantimentos, na verduraria um trabalhador chamado Jose Pereira pagou umas pencas de bananas pra gente, logo na frente da vendinha se juntaram outros curiosos da cidade para conversar, com os quais contamos sobre a viagem e nossas atividades, alguns se adimiravam outros escutavam apáticos, passamos o endereço do site para alguns e nos despedimos, logo a frente vimos uma casa que parecia de pequeno agricultor, apesar da chaminé fumegando ninguém nos atendeu, talvez estivessem na roça... numa outra casa com um cafezal na frente, paramos para conversar um jovem, filho de pequeno agricultor que não foi receptivo com gente, já adiante na vencida busca de um oásis de sombra e agua fresca cada curva e subida nos rendeu a fazer um lanche de banana com farinha numa borracharia, no conversa com o borracheiro inacio pergunta meio por acaso se ele não conhecia um acampamento ou assentamento, e por conhecidencia tinha um pré-assentamento logo perto, adentrando numa estadinha de terra a uns 6 km.
Na ruela poerenta, lia cai um tombo na descida mas nada grave, logo na entrada do pré-assentamento encontramos muitas carvoarias, e logo ns informaram a casa do cordenador do “Nego”, Que nos recebeu e fez um relato da situação da região, sendo acampamento de 2002 que veio resistindo com poucas pessoas as investidas do dono, através da truculência da policia e a demora do judiciário.
Dentro de um ano chegou a 94 famílias, mas quando resolveram entrar na fazenda esse número caiu muito, conseguiram a desapropriação e no dia 22 de março de 2007 mas falta algumas coisas como demarcação das terras e divisão dos lotes e recursos atuar no assentamento.
Enfrentam grandes problemas internos, tais como: convivência com o ex-gerente que beneficia-se de 60 carvoarias em atividade diária com carradas de 2 caminhões saindo por dia do lugar, derrubada e queimada da vegetação nativa que pertence ao coletivo de assentados. Outro problema é a fumaça que fica fumaçando no assentamento, outra preocupação e a de pessoas com pendência na justiça pelo fato de terem participado de lutas pela conquista da terra, e durante um despejo forçado onde 600 policiais despejaram 40 trabalhadores que ficaram marcados pela justiça dificultando a documentação para o titulo da terra. A noite conhecemos pessoalmente esses companheiros que estão enfrentando esses dificuldades, João Mauricio, José Odair e Jose Vicente.
Um comentário:
sampa é grande e afugenta
o tombo acolhe lia
Em ruela poerenta
sabe-se lá donde
o tombo e carne roxa
que fim de mundo,
que terra de Zé rocha!
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