terça-feira, 22 de maio de 2007

09/05/2007

Levantamos cedo e um caminhoneiro nos ofereceu um chá, muito doce por sinal, passamos numa cidadezinha para comprar algumas frutas e mantimentos, na verduraria um trabalhador chamado Jose Pereira pagou umas pencas de bananas pra gente, logo na frente da vendinha se juntaram outros curiosos da cidade para conversar, com os quais contamos sobre a viagem e nossas atividades, alguns se adimiravam outros escutavam apáticos, passamos o endereço do site para alguns e nos despedimos, logo a frente vimos uma casa que parecia de pequeno agricultor, apesar da chaminé fumegando ninguém nos atendeu, talvez estivessem na roça... numa outra casa com um cafezal na frente, paramos para conversar um jovem, filho de pequeno agricultor que não foi receptivo com gente, já adiante na vencida busca de um oásis de sombra e agua fresca cada curva e subida nos rendeu a fazer um lanche de banana com farinha numa borracharia, no conversa com o borracheiro inacio pergunta meio por acaso se ele não conhecia um acampamento ou assentamento, e por conhecidencia tinha um pré-assentamento logo perto, adentrando numa estadinha de terra a uns 6 km.
Na ruela poerenta, lia cai um tombo na descida mas nada grave, logo na entrada do pré-assentamento encontramos muitas carvoarias, e logo ns informaram a casa do cordenador do “Nego”, Que nos recebeu e fez um relato da situação da região, sendo acampamento de 2002 que veio resistindo com poucas pessoas as investidas do dono, através da truculência da policia e a demora do judiciário.
Dentro de um ano chegou a 94 famílias, mas quando resolveram entrar na fazenda esse número caiu muito, conseguiram a desapropriação e no dia 22 de março de 2007 mas falta algumas coisas como demarcação das terras e divisão dos lotes e recursos atuar no assentamento.
Enfrentam grandes problemas internos, tais como: convivência com o ex-gerente que beneficia-se de 60 carvoarias em atividade diária com carradas de 2 caminhões saindo por dia do lugar, derrubada e queimada da vegetação nativa que pertence ao coletivo de assentados. Outro problema é a fumaça que fica fumaçando no assentamento, outra preocupação e a de pessoas com pendência na justiça pelo fato de terem participado de lutas pela conquista da terra, e durante um despejo forçado onde 600 policiais despejaram 40 trabalhadores que ficaram marcados pela justiça dificultando a documentação para o titulo da terra. A noite conhecemos pessoalmente esses companheiros que estão enfrentando esses dificuldades, João Mauricio, José Odair e Jose Vicente.

08/05/2007 Saída de Uberlândia

Levantamos na casa do Lucas, passamos alguns cordéis para ele, recebemos um livro de poesias de Marilly, “Leros e Boleros”, arrumamos as coisas e atualizamos os últimos dia do blog, Lia resolveu continuar mais uma semana, só faltava decidir se iríamos por Brasília ou Pirapora, exatamente na hora de sair essa indecisão, mas a vontade de conhecer a realidade do rio são Francisco pesou mais forte.
Na despedida estava presente Lucas, Edson, Marilly e Luciano, fizemos algumas fotos e em seguimos boralá.
Já na estrada para Pirapora, a uns 4 Km a bicicleta do Jorge deu problema no pé de vela, resolvemos voltar pra cidade para arrumar, depois desse causo, tocamos estrada via a muitas subidas e buracos, o que era ariscoso quando as maquinas motorapocalipsadas tomavam de assalto o acostamento mesmo na contra mão, paramos em um posto e fizemos uma comida de arroz com ervilhas, conversamos um pouco e saímos umas 4 da tarde passando por Indianópolis, onde alem das crateras estradinas e os monstros motorizados a paisagem que predominava era vastos monocultivos de café, Algodão, pinos, pasto...
Anoiteceu e a nossa procura de algum cantinho pra armar as barracas se frustrava quando as entradas iluminadas que pensávamos ser um posto eram entradas fortificadas de grandes fazendas.
O cansaço estava nos vencendo e as divergência entre dormir no mato ao lado do acostamento eram os quereres de inácio e jorge, já lia e ivania mesmo pelejando no pedal e no escuro queriam achar um posto, sequimos pedalando noite adentro ate um posto no qual jantamos a flamigerada mistura de farinhas do jorge (macaxeira, milho,trigo,cana) e dormimos já exaustos.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Depoimento


A compra da bicicreta...
...O sufoco de atravessar SunPaulo...
O posto abandonado...mal-assombrado!
As subidas difíceis e o vento-contra!
...as sombras nas placas da estrada...
As tentativas frustradas de carona.
A incansável estória da Subta!
A casa do Seu Zezé...
"Desliga o rádio, Adriana!"
A linda Dona Francisca!
O Alex, Marquinhos, Márcia!
Os banhos de rio...as noites de frio...
"A Berlândia! Berlândia! Tamô chegando em Berlândia!"
O Feijão Andu e os tomates no pé da estrada.
As cachacinhas da região!
As sementes...muitas...muitas...
As horas...os dias...as noites...
A ocupação no albergue Castelinho!
As granolas e farinhas inacabáveis do Jorge!
As noites emburacadas...os arranhões!
As receitas e história do Nêgo... as cobras...as onças...beatas...
As lições do Aparecido, Tereza e Priscila.
..."Dinheiro" "Boa vontade"...as conversas do índio com o Inácio.
As abóboras do Xapori!
As chateações com internet!
As despedidas demoradas...
...os pneus furados!
"Cuizcuiz"...bananas-passa...uvas-passa...
"Passa...passa...É tranquilo!"
Rapadura! Passa!
...a sede...o cansaço...
as recompensas...os aprendizados...
...a amizade... o respeito....
A saudade!
A vontade que fica de voltar a ver todos...o mais breve possível!
As empresas...a ganância...o lucro...
...Os bichos mortos na pista...
...a fumaça...sujeira...desrespeito...
nuvens de venenos...exploração...
...inconsequêcias e a nossa indignação!
Depoimentos, fotos...gravação!
Os urubus, tucanos, asa-branca...
...os papagaios, vários...mortos no chão!
Tamanduá-bandeira, lobo-guará... atropelados!
Geraldo, Jaime e família e crianças na luta pela limpeza das minas de água!

A liberdade...Ah! A tão amada liberdade!
...ladeira abaixo, vento na cara...velocidade!
Infinita liberdade!!!

As queimadas, os carvões, as matas acabadas!
As vacas curiosas!
O campeonato de berrante!
As horas de relatórios!
Pintar com a luz!
Lua cheia na pista!
Cantorias com Wilson, Branca e João e a Nova Cachoeirinha!
As árvores...as flores!
As máquinas, tratores...anúncios... propagandas...Bebedeiras e acidentes de carro.
A kilometragem nas placas e as discordâncias do quanto já se andou e do quanto ainda falta...
As paradas para o almoço!
"Fazer um foguinho! Coloca um feijão rapidin pra cozinhar!"
Laranjas, melancias, acerolas, mamões
Suco de maracujá, chás!
A impotência dos sindicatos e a nossa insatisfação!
Buchas de metro!
O esforço das formigas!
A vontade de querer ser mil!
Cana-de-acúcar, café...
os ônibus rurais e a exploração!
O barulho dos motores!
Os agregados do sem nada no Zé Rocha!
Os fugitivos do ritmo no sarau do Zé Carlos!
O passe-livre a sopa do Tonhão!
A luta pela independência!
O intalado na garganta
O aperto no peito
O sol me matando
As incontáveis quedas e as mãos!
As coisas que ficaram pela estrada...
Os trens de Minas!
...O fazer de cada lugar o seu lugar...
As conversas furadas, babozeiras, brincadeiras, invenções...
E o não falar, o silêncio...a introspecção!
Os momentos...Únicos!
O pão branco com queijo e doce de goiaba.
Um pingado de café!
A realidade...a vontade...a admiração!
As piadas, palhaçadas...Risos frouxos!
Ednardos, Azevedos...
O difícil caixão do Inácio...
Estar sozinha na cidade patogênica e...
Como será que vocês estão?
É preciso estar aberto!
É preciso estar liberto!
Os pensamentos positivos, as figas, as discordâncias
As risadas!
Foi muito bom e no fundo da minha alma eu estou feliz!
Os céus limpos...nublados...Estados!
O nascer e o pôr do sol...
Os vôos rasantes das borboletas e das aves.
As descobertas!
As perspectivas!
Os ideais!
...Os planos de uma vida!
O mínimo de tudo e o máximo de nada!
Banhos de chuva!
O açúcar mascavo...-boas- de milho...
Ervilhas!
Horizontes...Montes!
Quantas palavras mais seriam preciso?
Saudade do pedal!
...Saudade!...
....Saudade!!!

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Dia 04/05/2007

acordamos às cinco horas da manhã e saímos de volta rumo ä Uberlândia, pois tínhamos um compromisso às quatro da tarde na UFU, articulado por Alex (Ateu) e Fabiana. Fomos informados que os compas Edson e Lucas oferecsram sua casa e computradores para ficarmos e atualizarmos o site, e da faculdade iríamos para lá. Chegamos meio dia e meia na casa de Paçoca e Taís, almoçamos e fomos para o compromisso, chegando às quatro e meia, encontrando uma galera que aos poucos foi encostando, onde ficamos até as nove da noite. Ali trocamos idéias, expusemos sobre a atividade do Ciclovida, catamos algumas músicas. Ao final conversamos muito com umas jovens, Jaqueline e Agnes que estão bem conectadas com os movimentos sociais no campo e na cidade, passamos contato e regressamos para casa dos compas Taís e Paçoca e deixamos a casa dos companheiros para dia seguinte.. Ali, uns foram e dormir mais cedo, e outr@s, caso do Inácio, Paçoca... ficaram conversando até tarde da noite. Uberlandi ate que e uma cidade pacata...

Dia 03/05/2007

quinta-feira continuou intenso, gravamos entrevista com o Wilson que falou de suas pretensões, como projeto de vida e atuação para um futuro relativamente próximo, após o loteamento da fazenda, falando do eixo filosófico do projeto a ser implementado, que se baseia em três princípios fundamentais: Naturalismo, Espiritualismo e Anarquia. O mesmo fala que se encontra sozinho nessa tarefa, e que busca ajuda de pessoas que se encontre na realização deste Projeto, cuja atuação prioriza os menores de rua. Seu e-mail é: naturalismonovaera@yahoo.com.br . disponível para contato e discussão com interessados, em seguida fizemos uma entrevista com o João Batista sobre suas experiência na terra pois, tanto a Branca, sua companheira quanto ele tem uma cultura essencialmente. Estes também pensam na terra dentro da perspectiva de uma mudança de relação com esta terra, pela via agroecológica. Mesmo sendo tratado de forma preconceituosa por ser ex- presidiário, fala de humilhações que passou frente as pessoas como torturas físicas que sofreu por parte da policia, que teve inclusive seu fígado estourado de espancamentos policiais por conta deste preconceito. A tarde fomos ao banho no Rio Tejuco ao lado do assentamento, na volta encontramos alguns ciganos, relembrando a passagem anterior, fomos visitar outros, e a noite trocamos mais umas baionadas de viola e em seguida entramos numa discussão, muito produtiva por sinal na casa do João Batista e Branca sobre a questão das sementes, o pateamento feito pelo agronegócio, sobre como deveria nossa ação a partir de ontem rumo a nova relação com a terra. Neste bate-papo fomos dormir bem tarde.

02/05/2007




Tínhamos combinado de ir para o assentamento Nova Cachoeirinha visitar uma companheirada que já conhecíamos quando passamos ali de ida sentido Nordeste Sul. Pessoas como o Wilson, o João, a Branca, o Paulo, entre outras, bem como também algumas famílias ciganas, etc. Fizemos para isto, um deslocamento de 50km, Sudeste oposto a nosso rumo, mas de grande compensação pela estreita relação afetiva e afinidades nos campos político, ecológico, entre outras, que criamos da vez passada. Foi o dia todo para chegarmos, lá partilhamos saudades, informes, músicas, dormimos tarde apesar do cansaço físico, o que não poderia ser diferente, mas com bom descanso mental.

Dia 01/05/2007

Foi um dia de descanso e muitas (hi)estórias, Paçoca e Tais nos contaram de suas estadias em Porto Alegre com os pessoais da okupa de lá e a paranóia entre os ”carecas e punks” alem de outras tretas. Tiramos o dia também para fazer um almoço bem regado e conhecer outros compas de Uberlandia e de passagem um pessoal de Goiania, que alais conhecia outros companheiros de lá, uma enorme conhecidencia foi quando a Lia e o Jorge perdidos quando tinham ido comprar umas paradas de comer, cruzarem pelo Ateu para pedirem informação... eita cidadezinha pequena so... a noite a conversa se animou ate de madruga.

Dia 30/04/2007

Pegamos a estrada vagarosamente. Ao cair da tarde fomos chegando em Uberlândia. Chegando, procuramos internet para verificar o retorno de um companheiro, do qual tínhamos referência, o Alex. Quando vimos o email descobrimos que ele agora estava morando em Uberaba, a cidade da qual já havíamos passado. Mandamos outro email para ele pedindo contatos de seus amigos. Um mototaxista parou para conversar com Lia e Ivânia, enquanto Jorge e Inácio estavam na Internet. Ele se ofereceu para levar-nos até o albergue da cidade e disse que estava a disposição. Seu nome é Eduardo. Nos levou até o albergue e lá jantamos, mas não ficamos para dormir. Fomos até perto da rodoviária e voltamos a ver os emails e o Alex tinha acabado de responder o nosso e passar o contato de Paçoca e Tais. Tentamos ligar e ninguém atendia, mandamos mensagens e como todos já estavam cansados resolvemos ficar numa pousada. Quando já estávamos na pousada o Paçoca liga e nos encontra na rodoviária, e seguimos para a sua casa. E lá dormimos.

COMPAS NA FRENTE DA CASA DO PAÇOCA

Dia 29/04/2007

Pegamos a carona e descemos em Uberaba. Continuamos andando, chegando num retorno onde ouvimos um barulho de batida de carro. Ao olharmos para a direção ainda pudemos ver o carro capotando. Nos aproximamos e o rapaz com o rosto ensangüentado já havia sido retirado do carro. Fizemos mais alguns telefonemas e saímos para fazer almoço numa ponte recém construída para a duplicação da via. Saímos à tardinha e fomos dormir à 30 km de Uberlândia num posto de gasolina localizado na via contrária.

Dia 28/04/2007

Levantamos e fomos procurar a casa dos pais de Márcia, do acampamento do MLST, em Ribeirão Preto. Por coincidência, ficava bem perto do albergue e lá chegando fomos convidados para o almoço. Ouvimos suas histórias de muita peleja como bóia-frias. Conheçemos o avô de Márcia que falava dos desastres de caminhões que tombavam com os trabalhadores. Nos despedimos e seguimos até o posto de gasolina no fim da cidade, onde conseguimos uma promessa de carona para o dia seguinte, às 5:00 da madrugada. Fomos dormir.

PAIS DE MÁRCIA, AVÔ E FILHA

Dia 27 de abril

ALBERGUE ESPÍRITA "CASTELINHO" EM ARAMINAS



Levantamos e partimos e fomos merendar em Cristais Paulistas, o clima das vontades estava um tanto em embates e resolvemos parar para conversar e avaliar sobre os horários a pedalar e um breve planejamento sobre as alimentações e roteiros de passagem.
Após uma conversa desabafada fiemos um rango muito “de boa”, com lentilhas, arroz integral e mistura de milho fubá com temperos.
Um longa tarde com direito a uma soneca esparsas naquelas sombras arbóreas e avoadas.
Andamos mais uns 40 Km por um via mas sossegada de caminhões e carros, a primeira chuvinha bem de verão deu uma esfriadinha, e longos cafezais assim como alguns trabalhadores colhedores que ora ou outra andavam pelas cafezais.
Já em Araminas, perguntando aqui e acolá soubemos de um albergue e acabamos dormindo nele, o Inácio ainda fez um cuscuz para a janta antes de dormimos trancafiados naquela casa que mais parecia um castelinho medieval e aquele quarto um calabouço disfarçado.

Dia 26 de abril

DESPEDIDA DA CASA DE PEDRO XAPURI


Pela manhã gravamos uma entrevista filmada com Pedro Xapuri, onde ele fala de sua militância no STR de Xapuri ao lado de Chico Mendes. Nas lutas dos empates para evitar a derrubadas dos seringais e castanheiras. Os enfrentamentos com os latifúndios organizados e seus jagunços entre outros enfrentamentos. Ele contou com detalhes as pressões reacionárias dos fazendeiros até a morte de Chico. Narrou sua história e como chegou no Acre, migrando da região de Quixadá por questões de sobrevivência, indo para São Paulo e depois para o Acre, e depois da morte de Chico voltou para SP. E quando surgiu o momento de vir para o acampamento de terra, ele embarcou. Falou também da atuação de sua companheira Alberina que por muitos anos foi alfabetizadora de adultos e crianças nas localidades de Xapuri.
Já de tarde arrumamos as cargas das bicicletas, almoçamos e partimos, mas antes passamos na casa do aparecido deixar algumas sementes e o Jorge deixou um zine ”resistência verde”, já na estrada rumamos a Franca e lá achamos uma internet e respondemos alguns emails, e inquietos ficamos a contar e confabular dos perigos de dormir nas cidades, ou nos postos ou lugares isolados. Resolvemos sair da cidade e levantamos acampamento num posto já fora da cidade.

Dia 25 de abril



CRIANÇAS DO ASSENTAMENTO


CHUCHU E MARACUJÁ


MAMÃO PRODUZIDO NO LOTE DE LÚCIA


BUCHA DE METRO



O pessoal da casa de Pedro estava numa manifestação em Bebedouro ( do Abril Vermelho puxada pelo MST a nível nacional) Passamos o dia visitando as casas do assentamento. Dentre as casas estava a de Lúcia que nos deu sementes de mamão e que estava com seu lote a venda por problemas de saúde de seu companheiro que sofreu um acidente e teve uma seqüela no olho, o qual não consegue fechá-lo mesmo quando dorme, ficando desprotegido para o trabalho. Passamos na casa de João e Tereza que trabalhão com plantação de bucha de metro irrigada, destinada à indústria de calçado em Franca, assim como outros que desenvolvem estas atividades no assentamento. Depois fomos para a casa de seu João, este tem um pomarzinho no quintal e cultiva uma pequena plantação de café. Ele também nos indicou a volta do Ceará via Rio São Francisco, pegando de Pirapora e Buritizeiro. Saímos de lá e fomos à casa do Aparecido, onde gravamos uma entrevista com o mesmo. A família dele partilhou sementes conosco e uma contribuição financeira espontânea. À noite voltamos para a casa do Pedro e falamos com algumas pessoas que haviam voltado da manifestação em Bebedouro e conseguido entregar uma pauta de reivindicações.

domingo, 6 de maio de 2007

Dia 24 de abril

Saimos logo cedo e quando andamos 5 km de subidas, paramos para merendar e notamos que tinhamos esqueÇido uma pochete com uns oculos coletivos e algum dinheiro, resolvemos seguir adiante e saindo da cidade a bicicleta da Lia quebra o cubo. Voltamos empurrando as bicicletas de volta pra cidade procurando uma bicicletaria. Seguimos viagem até um posto de gasolina, 30 km antes da entrada para o assentamento. Encontramos um trexeiro que ia à pé para Franca. Decidimos seguir sem fazer almoço. Entramos por canaviais e grandes usinas. O pneu do Inácio furou depois de subir o alto do rio Sapucaí e nós tivemos que andar uns 5 km, onde procurávamos pelo assentamento tendo como referência Pedro Xapuri. Essa referência foi dada no assentamento de Ribeirão Verde e que ele era companheiro de luta de Chico Mendes. Chegando no início do assentamento onde ficava o MLST encontramos com Pedro e Cláudio que nos orientou pra agro-vila onde fica o MST. Ajeitamos as bicicletas e caminhamos para lá. Eram mais de 3 horas, estávamos com muita fome, sede e cansaço. Quando decidimos para numa casa para fazer um jogo de pedir informação para ver se conseguíamos alimento. A companheira Tereza não teve dificuldade de ver nas nossas caras o quanto estávamos abatidos. E logo nos ofereceu água e pediu para que sentássemos. Trouxe uma bacia de biscoitos, depois outra de maça e mamão cortados e outra de laranjas lima. Devoramos tudo e nos recuperamos. Depois de tudo isso foi que seu companheiro Aparecido e sua filha Priscila começaram a contar as suas vivências e histórias de vida. A relação que eles tinham com a terra nos chamou a atenção e de como eles procuravam viver do que produzem na terra numa relação ecológica de não agressão ao meio e aos seres em geral. Essa relação surge de um princípio filosófico de ”cultura racional” e elementos espiritualistas. Um exemplo disto foi a panela com mamona que estava no fogo quando chegamos, para a extração do óleo para fins domésticos. Outra cena que nos chamou a atenção foram duas crianças, de 3 e 7 anos que tinham uma plantinha para aguar e cuidar cada uma. Escutamos a maior dizendo para a menor: “Você precisa aguar sua plantinha senão não terá o que comer! Eu já cuidei da minha hoje!” Dali saímos para o Centro Comunitário com a promessa de voltar naquela família atípica no dia seguinte.

No Centro Comunitário havia uma pequena padaria, salas de aulas, sala de capoeira e estavam ainda reformando outras salas.

À noite fizemos uma apresentação do Ciclovida em uma reunião com os moradores da vila e depois teve uma roda de viola com pai e filhos que cantavam e tocavam muito bem.

Depois fomos para a casa do Pedro e ele nos mostrou suas variedades de abóboras e também contou sua relação política com Chico Mendes.

USINA DE CANA





SUBINDO LADEIRA


ABÓBORAS DE PEDRO XAPURI

Dia 23/04/07

CASA DO ÍNDIO DO MST


BANHO DE RIO

De manhá tomamos cafe na casa do Indio e nos organizamos para visitar as familias quando o coordenador nos avisou que estava esperando um telefonema para a libera;áo da visita, ficamos esperando ate 11 hs e como nao veio a visita fomos a cidade comprar legumes e fazer telefonemas. Telefonamos para o Itepa, onde estáo nossas sementes, para ver a possibilidade de envi[a-las por correios. 14 Hs participamos da Assembleia com todos os coordenadores do acampamento, expomos o projeto Ciclovida e dali fomos ver o rio onde estava situado o aquifero Guarani. Saimos por volta das 16 hs rumo a cidade de Batatais, ajeitamos as bicicletas e as 18 hs saimos de ribeiráo verde. Andamos uns 15 km e dormimos num posto pr[oximo a Brodoski.

22/04/07

DESPEDIDA DEMORADA DA CASA DO SEU ZEZÉ


De manha fomos na casa de seu José e compnheira Maria, que nos ofereceu algumas de suas sementes, como macaba do maranhao ( coquinhos do maranhao). A despedida da casa do seu Zezé foi dificil pois os laços afetivos eram fortes. chegamos a casa do Marquinhos do MLST e ele nao estava. começamos a fazer almoço e um casal de jovens chegaram: Marcia e seu companheiro que se ofereceram para trazer um conplemento para o almoço, passamos a tarde conversando. Marcia nos indicou a casa de sue sua mae para quando passassemos pela cidade de Araminas.
Tiramos umas fotos e nos despedimos, seguimos para o acampamento do MST, passamos direto pela segurança sem saber onde era e falamos com a companheira Maria - cearence , de Viçosa do Ceará, que optou por morar no campo depois de morar em sao paulo. Depois chegou uma militante do MST que nos orientou a falar com a coordenaçao que ficava no inicio do assentamento. La encontramos com alguns coordenadores que estavam em um momento de despedida de um companheira da comunidade rumo ao Rio de Janeiro para contribuir para o movimento MST.
Falamos de mossas atividades e a intençao de conhecer o assentamento. Nos alojaram na casa sede, ficando certo no dia sequinte visitar a comunidade e a atarde participar de uma reuniao da coordenaçao. Fomos dormir ja bem tarde.

DESPEDIDA DA COMPANHEIRA MÁRCIA

Dia 21/04/07

Partimos de uma assenbleia do acamampamento do movimento MSLT, falamos para o pessoal sobre nosa atividade e fomos bem recebidos pela comunidade, ficamos na companhia de um jovem interessado em sementes chamado Alex, que tinha a ideia de fazer um banco de sementes. almoçamos a atrde com a familia do Marquinhos. As 16H voltamos para o acampamento indio Galdino para a ssembleia a qual nos tinha convidado. Chegando la o local tinha pouco estrutura para a chuva que caia, mesmo conturbada a assenbeia aconteceu. Fomos apresentados a assembeia e convidados a falar sobre o projeto e a questao das sementes naturais. Apos a nossa exposiçao as pessoas se sentiram sensibilizadas e proporão entre si uma contribuiçao coletiva financeira.
Voltamos para a casa do Zezé onde a noite ficamos trocando umas ideias com outros companheiros acamapados e ali dormimos.

Dia 20/04/07

CRIANÇAS DO ACAMPAMENTO BRINCANDO


SEPARANDO E EMBALANDO SEMENTES


DONA FRANCISCA










Ribeirão Preto - Ribeirão Verde - texto sobre a o agronegocio na regiao.

Região considerada a capital do agronegócio do Brasil. O maior negócio do momento a cana-de-açúcar. É também uma região de conflitos sociais, e as riquezas que se despontam não consegue encobrir seus bolsões de miséria. Esta região ampara inseguramente uma fração do maior lençol freático de água mineral do mundo. Suspeitam alguns ambietalistas que este lençol pode ( se não já estiver) contaminar-se de vários tipos de dejetos poluentes das indústrias locais, já que esta região é um ponto de recarga deste maior aqüífero do mundo que é o chamado Aqüífero Guarani. Ribeirão é uma cidade mediana de aproximadamente 500 mil habitantes, considerada a capital brasileira do agronegócio, que está situada sobre este reservatório subterrâneo, que estende-se por vários países da América como Brasil, Argentina, Uruguai, entre outros. Todas as terras desta região estão sob a mira do agronegócio, setor imobiliário, entre outras corporações que negociam com água. Em meio a toda essa realidade conflitante e de jogos de interesses, nestas áreas também estão acampamentos de sem terra de vários movimentos sociais do campo, MST, MLST, e outros que se dizem independentes, formando ao todo um número de mais de 400 famílias, estão exatamente no ponto de recarga do lençol. As possibilidade de ganho desta terra dar-se pelo fato de serem pesados os prós e os contras, conclui-se que, ficando a agricultura família nesta terra é menos danosa que deixar o latifúndio e o setor imobiliário por conta como estão interessado. Conta favoravelmente também o fato de os dono desta terra está com uma dívida impagável com o governo federal. Assim enquanto não encontrar uma solução plausível de interesse do capital, , a situação encontra-se favorável a nossa luta. Temos que nos solidarizar com esta companheirada que está com uma grande responsabilidade política, onde deve estar uma coesão de forcas. Parabéns para estes forte lutadores, onde passamos uns quatro dias de partilha desta convencia. A todos agradecemos por partilharem um pouco desta vivência conosco, com tanto aprendemos.



retomada dos relatos do dia 20/04/2007

Saímos cedo rumo ao assentamento em Ribeirão Verde. Chegamos no acampamento Ìndio Galdino. Depois de conheçer algumas famílias como a do Divino e a de seu José, nos indicaram o coordenador Zezé. Lá fomos bem acolhidos por Adriana, as crainças e Dona Francisca, uma vizinha de seu Zezé. Dona Francisca é uma agricultura de 70 anos que toca seu roçado sozinha. Lia começou a conversar com ela e tirar umas fotos e logo descobriram algumas coincidências. Dona Francisca achou Lia pareçida com a sua neta e Lia também ao vê-la lembrou -se de sua avó, logo descobriu que o nome da neta de Dona Francisca era também Lia e ainda mais, Arruda... Ficaram as duas espantadas com tamanha coicidência. Entre outras partilhas a família de seu Zezé deu-nos algumas sementes crioulas que ainda possuem. Fomos convidados a conheçer suas plantações e criações e depois almoçamos. à tardinha quando nos preparavamos para sair, Lia resolve fazer um xarope para a tosse contínua de seu Zezé. Nisso Adriana convida-nos a dormir por lá essa noite e aceitamos de bom gosto. Eles cedem as camas dos filhos. Conversamos até tarde da noite e dormimos quando Zezé grita: "Desliga o rádio, Adriana!!!".

19/04/07



Andamos entre canaviais. Vimos muitas máquinas colhedeiras de cana em grandes extensões de monocultivo com uma ou duas pessoas trabalhando naquelas máquinas. Ao meio dia paramos numa ponte no meio de um canavial e não havendo água para fazer comida almoçamos cana que pegamos do agronegócio. Dormimos um pouco e quando saímos Inácio e Ivânia passaram mal. Pressão Baixa. Conseguimos chegar em Ribeirão Preto. acessamos a net e dormimos no Posto Gavião. Ìamos para o assentamento ainda de noite, mas o pneu do Jorge e da Lia furaram.

Dia 18/04/07






Fotos da noite em que fomos abduzidos por luzes estranhas...

Entramos na cidade do Leme para merendar e somos abordados por uma mulher que pensava que estavamos vendendo roupas quando viu o tamanho dos nossos caixões na bicicleta. Pediu um cigarro e quando soube da atividade e da distância percorrida e a que ainda íamos percorrer ficou horrorizada e disse: " Que perversidade que fazem com a meninazinha! Coitada!" Se referindo à Lia. Paramos na ciadde de Pirassununga onde é produzida a cachaça 51 . Fizemos almoço numa pequena reserva que encontramos no meio de tanto canavial. Ficamos surpresos com aquela reserva, mas ao final nos deparamos com uma placa de aviso "Mina de água interditada". Saímos dali umas 16:00 e pedalamos uma parte da noite. Na subida, um tanto cansados, paramos para aprender algumas técnicas de fotografias com o Jorge e fizemos alguns experimentos. Era uns 15km de subida. Dormimos num posto entre as cidades de Porto Ferreira e Passa Quatro.

Dia 17/04/07



Levantamos de madrugada pela primeira vez. Saímos atordoados e esqueçemos uma bolsa com algumas ferramentas. A bicicleta da Lia furou o pneu pouco tempo depois, e em seguida a do Inácio. Empurramos alguns Kms até chegar num posto. O sol estava muito quente e andamos muito pouco. Pedimos comida num restaurante de um posto, conseguimos duas marmitas na condição de saírmos logo. Enquanto isso, Inácio e Jorge arrumavam os pneus. Dormimos num posto próximo a cidade do Leme.

Dia 16/04/07




Acordamos cedo com um estranho café da manhã: uma bebida artificial de morango com bolachas recheadas, diferentemente de um café quente com pão que as pessoas esperavam naquele frio. Saímos umas 8 horas, paramos em Campinas. Lá compramos frutas e verduras. Almoçamos melancia e banana em baixo de uma ponte. A rodovia era muito urbanizada. Já à noite em Americana, encontramos um posto abandonado, onde estava uma família de viajantes do Mato Grosso do Sul que ia para o Rio de Janeiro com um carro velho. Montamos barracas e fomos fazer fogo, pois estavamos famintos de comida quente. Com muita luta, quando a água estava quase fervendo, a lata vira e apaga o fogo. Não nos dando por vencidos fizemos novamente. Dessa vez, quando a comida estava quase cozida uma pedra de cimento explode com o calor e vira a panela de legumes dentro do fogo. Reunimos mais exforços coletivos e fizemos pela terçeira vez o fogo. Finalmente conseguimos comer e dormimos.

Dia 15/04/07



De manhã arrumamos as bagagens enquanto Deuzane preparava o almoço e Carlos gravava alguns Cds de músicas latinas, documentários e cópias do Ciclovida.
A tarde, com as bicicletas arrumadas, rumamos à estação de metrô da Guilhermina- Esperança para a estação Vergueiro, para a despedida. Foi um tanto conturbado pois além dos pesos das bicicletas, descendo e subindo escadas, a entrada nos últimos vagões desponíveis foram permitidas só de duas bicicletas. Inácio e Carlos com a bicicleta da Lia no metrô da frente e depois Ivânia, Jorge e Deuzane no metrô seguinte. Assim chegamos no espaço cultural São Paulo, onde já havia vários companheiros de grupos diversos: Comitê de Apoio aos Povos em Luta, Projeto de Educação Popular de Mauá e vários outros companehiros independentes. A despedida foi com música, pão, cachaçinha de cambuçi, torta, lágrimas e fotos da parte de quem ia e quem ficava. O mais difícil foi a despedida do Inácio com a cambuçi. Daí em diante foi um sobe e desce de metrôs e trens até chegar em Jundiaí. Nesse translado o JOrge ficou conversando com um rapaz. Dentre a conversa se falou sobre música, cidade, e a vontade dele de escrever um livro sobre um sistema social que funcionasse "se por uma semana eles experimentassem essa sociedade passariam a adotá-la". O nome era Max e já tinha até o título do livro: "Paranóia". Descemos em Jundiaí e procuramos um albergue, o qual passamos por regras e horários um tanto rígidos.

Dia 14/04/07

Organizamos a nossa saída de São Paulo, nos preparando e fazendo reparos nas bicicletas e também provisões com a alimentação. Preparamos a bicicleta da Lia com um caixote e atravessamos mais uma vez a cidade até a casa do Carlos.

Dia 13/04/07

Dia 13/04/07

Fomos para uma atividade na faculdade de filosofia " FAFIL" a convite do Bone do movimento trabalhista. Lá aconteceu a exposição e conversa do projeto Ciclovida e cantamos algumas músicas. Dali surgiram contribuições mediante distribuição de nossos materiais e recebemos uma contribuição do Bone para a viagem.










Dia 02/04/2007

Ficamos em casa, descansando e fazendo o relatório, a tarde Lia vem para a Casa de Carlos para conversamos e acabam dormindo todos juntos, como brincam ao dizer, somos os novos agregados e vamos ocupando, resistindo e questionando a produção.

Dia 03/04/2007

Levantamos e ficamos fazendo o relatório em coletivo, a tarde fomos conhecer o coletivo Lagartixa Preta e Erva Daninha em Santo André, quando chegamos no ABC paulista, a geografia do urbano nos assolava, cada vez mais, reparávamos nos mecanismos da cidade: máquinas, seus portões, grades, catracas e cercas. Já procurando nosso contato Ellen, que a encontramos de bicicleta na frete da estação, fomos conversando até a casa do coletivo e percebendo também as artes de rua com seus grafites, estencios e lambes. Chegando lá, conhecemos os coletivos, vistamos a biblioteca, alguns cômodos da casa e a horta e tivemos uma discussão com essa companheirada muito boa, começando florescer de atividades.
Na conversa, falou-se das resistências no meio urbano e rural, da busca de autonomias; coversamos muito em cima dos conteúdos que cada um trazia em seu cotidiano; gravamos um pouco dessas conversas, paramos por conta da intimidação da camera.
Entre as atividades do pessoal da casa estava a promoção de festas com comidas de forma autogestionada, com finalidades de arrecadar o pagamento do aluguel que acham necessário para a continuação das atividades: biblioteca e continuidade das ações, como procurar pessoas que adotem animais abandonados, entre outras... Conhecemos o “baú da dádiva” um baú que cada um deixa uma coisa e troca por outra, bem no espirito da livre troca e bom senso. Outra coisa que conhecia era as oficinas “freegans”, artísticas e culturais, assim como conversas com outros grupos ativistas.

Dia 04/04/2007 – Quarta-feira

Fomos para Feraz de Vasconcelos, tivemos uma discussão pela manhã em duas classes do colégio Edi, atividade articulada pela professora Regina, e ao meio dia fomos para a casa da professora Cris, e conhecemos seu companheiro, o Itamar, que desejava nos conhecer. Encontramos um sujeito muito bom, prestativo, com que tivemos um bom papo sobre política, ele se encantou com nossa viagem, e falou que esta era visita predileta que queria que seus filhos tivessem. Com este companheiro, trocamos sobretudo, forças . Ele nos disponibilizou seus computadores, que usamos quase todo o dia, dali despedimo-nos e voltamos para a casa do Erivelto e Regina. Fomos novamente para o colégio Edi, para mais algumas palestras com os alunos do colégio, que por sinal foram muito produtivas, com bom retorno de participação desses.

Dia 05/04/2007 – Quinta-feira – fomos convidados pela Regina a acompanharmos juntos com ela, os alunos do colégio Edi, para assistirmos uma apresentação especial, chamada Dominó, na sala São Paulo, de uma orquestra sinfônica. A noite fomos para Diadema, por iniciativa dos companheiros que estavam no sarau na casa do Zé Carlos e Ana, depois de uma discussao sobre a importancia das sementes, varios companheiros como Carlos, Deusane, Tonhão, Caboré, Bone. Articularam este evento programado em função da passagem do Ciclovida por São Paulo, na sede da APEOESP (Associação dos Professores do Estado de São Paulo). Compareceram vários companheiros e grupos diversos, onde discutimos sobre questões como sementes, riscos do agronegócio para a biodiversidade, quem está por trás da transposição do rio São Francisco, que não são os pobres e seus movimentos sociais, e sim o governo e o agronegócio. Citamos o exemplo da miniatura de transposição no Ceará, que é ironicamente chamado Canal do Trabalhador, feito no governo de Ciro Gomes, que não valeu de nada para os trabalhadores, mas apenas secou os grandes reservatórios como o Orós, Choró Limão, etc. aumentando os efeitos climáticos da região. Ao final brincamos, bebemos, cantamos e fomos dormir na casa de Tonhão. Os companheiros passaram o chapéu e deram uma contribuirão voluntária que muita contribuiu, com a criançada dormindo fomos dormir na casa do Tonhão.


06/04/2007

Antes de sairmos da casa do Tonhão, fizemos um cuscus, Tonhao nos passou uma contribuirão do Comitê de Solidariedade dos Povos em Luta, seguimos para Maúa para um grupo de estudos sobre o livro “Povo Brasileiro” de Darci Ribeiro, onde tinha varias pessoas de cantos diferentes como Feraz, Zona Leste. Passamos o dia discutindo essa temática, a noite voltamos para Feraz com Regina e Elivelto, Dormimos lá.

07/04/2007

Passamos o dia preparando a noite, que foi continuidade do estudo do dia anterior em Feraz, onde participamos de uma performance teatral, houve musicas, vídeos, comidas e bebidas típicas da cultura indígena. O estudo tratava de como se deu a formarão do povo brasileiro e sua matriz indígena. No final dormimos na casa da Regina.

08/04/2007

Passamos a manha na Regina e a tarde na casa da Cristina (irmã de Ivania) e a noite dormimos na casa da irmã do Inácio.

09/04/2007

De manha fomos para o consulado tentando enfrentar a burocracia para conseguir marcar a entrevista do visto, que seria para uma pessoa do ciclovida ir participar de um encontro de agricultores ecologicos nos EUA, Passamos o dia ali, causava indignação como a pessoas típicas burguesas olhavam com desdém para a gente, finalmente ficamos sabendo que não teríamos condição de romper essa burocracia e desistimos. A noite fomos para uma reunião no espaço cultural Impropio, articulado pela companheira Ellen da Casa da lagartixa preta, participaram o pessoal da bicicletada, um casal de compas da Holanda que mexem com radio livre, companheiros do cmi, movimento de ocupação urbana e indivíduos independentes.
Ouve um exposição do projeto ciclovida e trocas de experiências, o pessoal da bicicletada nos falou do seu enfrentamento diário para andar de bicicleta na Grande São Paulo, e do prazer de se sentir autônomo a cada dia que enfrenta aquela cidade de bicicleta. Tivemos o prazer de encontrar com Tais de Brasilia que trouxe noticias dos companheiros de lá, entre esses queridos esta a Bartira com sua barriga crescendo, nos despedimos e fomos dormir na casa da Lia.

10/04/2007

Acordamos tarde, já 11:00 horas, a dona da casa a qual Lia era inquilina, era uma estrangeira preconceituosa, e se sentia invadida por “favelados”, todos nos se sentimos abalados e fomos para a casa dos companheiros visinhos que trampam com cultura digital e softer livre, tivemos uma tarde agradável e esquecemos um pouco a discriminação daquela mulher. La tivemos a visita de um antigo companheiro Alexandre do Ceará, apelidado de pequeno assim como Jord mais dois outros aconpanhantes. No final da tarde gravamos uma entrevista com os compas Fernão e Diogo. Dormimos na casa do Carlos e Deusane, Quilermina – Esperança.

11/04/2007

Passamos o dia todo na casa da Deusane e Carlos, ouvimos muisica, descansamos, gravamos CDs, assistimos um filme, e dormimos ali.

12/04/2007

De manha fomos para Feraz, Para a casa de Regina, de onde iria-mos para a escola do MST Florestam Fernandes, que não foi possível entre outros imprevistos, o caro do Regina deu problema, Ivania e Inacio forma dormir na casa da Cristina, e Jorge foi para a casa do Carlos e Deusane.